Branqueamento dentário

Clareamento dental

Como clarear os dentes?

O clareamento ou branqueamento dentário consiste em métodos que permitem branquear ou clarear os dentes, podendo o tratamento ser efetuado em casa ou no consultório. Trata-se de um procedimento que procura restabelecer ou promover a brancura dos dentes, sem implicar qualquer desgaste da superfície dos mesmos.

Como deixar os dentes brancos, mas de uma forma segura e sem correr riscos desnecessários é o que iremos abordar ao longo deste artigo, pois como veremos, existem muitos produtos por vezes aconselhados em blogs na Internet para efetuar clareamentos em casa que podem ser potencialmente perigosos para a saúde dos seus dentes.

Existem alguns métodos capazes de deixar os dentes brancos, ou pelo menos mais claros, mas se efetuados com negligência podem ter consequências negativas, tanto a nível dentário como gengival. Daí que a seleção de determinado produto para branqueamento dentário ao nível clínico tem vindo cada vez mais a obedecer a critérios rigorosos, devendo também haver cuidados na sua utilização.

O clareamento ou branqueamento dentário é mais seguro, rápido e eficiente se feito na clínica ou consultório com o médico dentista, como veremos adiante com detalhe. Já relativamente a métodos caseiros, podem também apresentar resultados positivos. Contudo, a sua utilização, apesar de aparentemente ser menos agressiva, requer igualmente cuidados específicos, pois não estão de igual forma isentos de efeitos nocivos ou indesejáveis para os dentes e gengivas, devendo ser considerados apenas aqueles que são de uso clínico.

De referir que os produtos de branqueamento não produzem qualquer efeito sobre qualquer tipo de material restaurador, nomeadamente restaurações com resina composta (compósito), coroas, pivots e afins.

Veja mais informação nos diferentes tipos de clareamento ou branqueamento dentário (no consultório e em casa) e nos perigos de alguns produtos com efeitos branqueadores.

Clínica Dentária

Causas do escurecimento dos dentes

Perante a ação de certos alimentos, bebidas, medicamentos, entre outras causas, os nossos dentes tendem a escurecer ou a ficarem amarelos ou amarelados com o decorrer dos anos.

O consumo de tabaco, chá, café, vinho tinto, determinados refrigerantes e certos alimentos, assim como a Ingestão excessiva de flúor e de alguns medicamentos (principalmente antibióticos), entre outras causas, tendem com o passar do tempo a escurecer ou pigmentar os dentes, deixando-os amarelados ou com manchas de pigmentação escura. De qualquer modo, a alimentação deve ser rica e equilibrada, pelo que não pode afirmar-se que não se deve comer certos alimentos só porque tendem a pigmentar os dentes, mas sim efetuar um consumo moderado ou evitar o seu excesso.

Dentes submetidos a endodontia ou tratamento de canal (dentes desvitalizados) e dentes com necrose da polpa, nomeadamente provocada por traumatismo, acabam também por ficar amarelados ou acinzentados com o decorrer do tempo.

Independentemente disso, com o passar dos anos os dentes tendem também a ficar mais amarelos, pois a camada de esmalte dentário que reveste a coroa dos dentes vai sofrendo um desgaste natural e como é translúcida, vai deixando assim transparecer a camada mais interna de dentina que apresenta uma tonalidade mais amarela do que o esmalte que o cobre.

Existe também a possibilidade dos dentes ficarem mais amarelados durante o tratamento ortodôntico fixo ou correção com aparelho dentário. Mas, neste caso, o escurecimento é apenas superficial e causado pela pigmentação que se pode instalar devido à maior dificuldade de higienização, sendo posteriormente fácil de remover pelo Médico Dentista.

Acresce que a tonalidade dos dentes pode ser mais ou menos branca ou amarelada em função de fatores genéticos.

Como vimos diversas causas podem estar na origem do problema. Os dentes acabam por ficar com a estética comprometida, podendo mesmo influenciar negativamente a autoestima da pessoa, levando-a muitas vezes a evitar o próprio sorriso. Neste sentido, pode ser efetuado tratamento de modo a tornar os dentes mais brancos, desde que seja efetuado com segurança.

Descrevemos, de seguida, as diferentes formas de clareamento dentário (em casa e no consultório), bem como do tempo necessário e resultados esperados em cada um dos casos.

Como clarear os dentes em casa ou naturalmente?

Obviamente que a prevenção do escurecimento dos dentes é sempre melhor e preferível do que a necessidade de os clarear. A prevenção passa pela manutenção de uma boa higiene oral, escovando os dentes com a devida frequência e com a técnica adequada.

Se a escovagem for efetuada com uma pasta dentífrica formulada para o efeito (pasta de dentes clareadora ou branqueadora), podemos, ao escovar os dentes, promover ainda um ligeiro clareamento da superfície do esmalte. Contudo, esta pasta para clarear os dentes deve ser utilizada com alguma precaução, nomeadamente na frequência e na intensidade da força da escovagem, devido ao seu maior índice de abrasividade.

Atualmente, o método “clínico” mais eficaz e seguro para se conseguir um efeito de clareamento dental caseiro com sucesso, passa pela utilização de uma moldeira para clareamento, sendo que este tipo de branqueamento deverá ser previamente aconselhado pelo Médico Dentista. Após avaliação em consulta, e no caso de achar indicado para o paciente em questão, o Médico Dentista informará o paciente sobre a duração do tratamento, quer do número de dias a efetuar (normalmente de 6 a 10 dias), quer no número de horas por dia (em média 1 hora). O Médico Dentista aconselhará também sobre a forma como o tratamento deve ser realizado, ou seja, explicará os procedimentos e cuidados a ter, que apesar de simples, são fundamentais para o sucesso do tratamento, tendo em conta que o mesmo não será supervisionado pelo profissional de saúde durante a sua utilização.

Este kit de clareamento dental, fornecido pelo Médico Dentista, é composto por uma moldeira e respetivo gel clareador dental à base de peróxido de hidrogénio de baixa concentração, embalado em seringas, e que o paciente vai colocando na moldeira antes de a colocar na boca.

De forma mais cómoda, existem também kitts que trazem um conjunto de moldeiras já preformadas e preparadas com o gel branqueador indicadas para uso único, ou seja, são descartáveis.

De introdução recente no mercado e de venda pública, existe também a fita clareadora, que é revestida com gel branqueador também à base de peróxido de hidrogénio. Esta fita atua como um adesivo que se fixa aos dentes mantendo o gel em contato com a superfície frontal dos mesmos. Torna-se um método mais barato que as moldeiras, mas de resultado muito mais imprevisível, pois o gel tende a dissolver-se com maior facilidade e só promove o branqueamento de uma superfície, geralmente, apenas de canino a canino devido à sua medida.

Ainda relativamente ao "clareamento caseiro", mas recorrendo-se a produtos mais naturais, ou “menos clínicos”, existem produtos que poderão produzir alguns efeitos pretendidos, mas nestes casos, os benefícios não justificam os riscos. É importante salientar esta ideia pois, não raras vezes, os pacientes são levados a utilizar alguns produtos “naturais” ou “caseiros”, onde de facto o método funciona se considerarmos apenas os resultados estritamente relacionados com o facto de conseguirmos obter dentes mais brancos, contudo estes métodos podem acarretar graves problemas ou complicações mais ou menos nefastas para os dentes e/ou gengivas. Aconselhe-se sempre com o seu Médico Dentista antes de efetuar qualquer tipo de tratamento.

Perigos dos produtos caseiros ou naturais

Um dos exemplos mais conhecidos consiste em fazer o clareamento dental caseiro com bicarbonato de sódio. Após a escovagem dos dentes pode passar-se novamente a escova impregnada com uma pequena quantidade de pó de bicarbonato de sódio, diretamente, ou misturado com um pouco de pasta dentífrica.

Este efeito de clarear os dentes com bicarbonato de sódio, poderá eventualmente ser potenciado se for misturado com um pouco de vinagre de maçã ou de água com sumo de limão ou ainda de peróxido de hidrogénio diluído, formando uma pasta e utilizada como se de um dentífrico “complementar” se tratasse. Não esquecer, contudo, que o pó de bicarbonato puro apresenta uma abrasividade significativa e, por isso, se usado com frequência ou sem qualquer tipo de controlo, acaba por provocar um desgaste precoce e indesejável do esmalte dentário.

Outra “receita caseira” das mais utilizadas é usar água oxigenada (peróxido de hidrogénio), que é o principal constituinte dos géis clareadores utilizados para o branqueamento clínico em consultório ou caseiro em moldeiras. Por isso, existem várias referências na utilização da água oxigenada de 10 volumes para bochechos como um produto que é bom para clarear os dentes, podendo esta ser comprada em farmácias ou supermercados.

De facto, a água oxigenada clareia os dentes, contudo, a sua utilização para bochechos é desaconselhada, uma vez que a sua concentração não é adequada, podendo interferir no Ph da boca, aumentando a sua acidez, e com isso provocar lesões ou queimaduras nos tecidos moles (gengiva e mucosas), assim como contribuir para a desmineralização dos dentes e alteração da flora bacteriana, com todos as consequências negativas associadas. Ou seja, a água oxigenada para clareamento dentário apenas deverá ser considerada quando incorporada em soluções ou géis de utilização clínica para o efeito, onde a sua concentração é segura e regulamentada, e mesmo assim, sob aconselhamento médico.

Existem também referências da utilização do carvão para clarear os dentes, mas cuidado, pois este método, mesmo que possa promover um eventual efeito clareador, cujo efeito se deve à elevada abrasão do carvão, o que acaba por implicar desgaste do esmalte dentário, e com isso o potencial aparecimento de sensibilidade dentária.

Outra referência de tratamento caseiro para clarear os dentes, ainda que menos conhecida, consiste em esfregar os dentes com uma mistura constituída pela moagem de cascas de laranja com folhas de louro, devendo-se lavar posteriormente. Ainda assim, dever-se-á ter também cuidado com a abrasividade desta mistura.

Em resumo, e face aos riscos inerentes à utilização dos produtos ou misturas descritas, o clareamento caseiro só deverá ser considerado na forma de moldeiras “clínicas”, e mesmo assim mediante aconselhamento ou indicação por parte do Médico Dentista.

Clareamento dental no consultório

Nos casos em que o escurecimento, ou amarelecimento dos dentes é devido a manchas ou pigmentações superficiais, a realização de uma destartarização ou tartarectomia (limpeza dos dentes), deverá ser suficiente para que os dentes fiquem satisfatoriamente clareados.

Noutros casos o clareamento dental no consultório pode passar pela aplicação de um gel formulado para o efeito, à base de peróxido de hidrogénio, ativado por uma luz ultravioleta (luz fria com um comprimento de onda específico), resultando num efeito branqueador imediato, ou seja, com resultados imediatos. Pode, no entanto, serem necessárias várias sessões ou consultas até se conseguir o clareamento pretendido ou desejado.

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Clareamento dentário a laser

No consultório dentário, o método de clareamento mais utilizado passa pelo branqueamento ou clareamento a laser, que se assemelha ao método em consultório já descrito anteriormente. Ou seja, consiste na aplicação tópica de uma solução em gel de ação branqueadora à base de peróxido de hidrogénio sobre a superfície dos dentes, com posterior ativação do mesmo por meio de uma luz específica com a finalidade de ativar ou acelerar o efeito branqueador desse gel.

Este gel é, pois, formulado para reagir após a incidência desta luz, libertando moléculas de oxigénio que interagem com a superfície do esmalte, promovendo o seu clareamento.

Apesar de ser conhecida como luz laser, na realidade estamos a falar de uma luz de um comprimento de onda específico, muitas vezes referida como luz halogénea, luz de plasma ou luz LED, que nada tem a ver com o laser propriamente dito.

A vantagem da ativação a "laser" relativamente a outras formas de ativação é a de permitir que os resultados sejam mais rapidamente alcançados, ou seja, muitas vezes, após uma única sessão ou consulta, normalmente com a duração média de 40 a 60 minutos, o clareamento conseguido torna-se suficiente, correspondendo ao pretendido.

De referir que o branqueamento a laser, apesar de ser mais agressivo do que o tratamento com moldeiras efetuado em casa, é atualmente um método seguro, desde que seja realizado com os devidos cuidados, por forma a evitar eventuais consequências indesejáveis, como sensibilidade nos dentes, um leve inchaço dos lábios, ou a irritação da pele e/ou gengivas, que a acontecer são de qualquer forma sinais e sintomas facilmente reversíveis.

Veja fotos superiores com o antes e depois do clareamento dentário a laser.

Clareamento de dente desvitalizado

No caso dos dentes endodonticamente tratados (desvitalizados ou com tratamento de canal), o escurecimento abrange toda a espessura do esmalte, devendo o branqueamento ser efetuado em consultório dentário.

Saiba, aqui, o que é um dente desvitalizado e quando deve ser efetuado o tratamento no canal.

De facto, no clareamento de dente desvitalizado ou dente não vital, o branqueamento deve ser efetuado também ao nível interno do dente, através da colocação de uma solução com agentes branqueadores dentro da coroa dentária, e poderá implicar várias consultas, até se conseguir o resultado pretendido.

O clareamento de dentes desvitalizados, ainda que possível, tende a regredir algum tempo mais tarde (2 a 4 anos), pelo que muitas vezes, em vez de se branquear repetidamente estes dentes, torna-se preferível optar pela colocação de lentes de contato dentárias ou facetas dentárias. Estas permitem resolver de uma forma mais permanente esta situação, uma vez que no branqueamento de dentes desvitalizados muito raramente se consegue alcançar uma tonalidade idêntica à dos dentes vitais adjacentes.

Saiba, aqui, tudo sobre facetas dentárias.

Quanto custa um clareamento dental?

No branqueamento ou clareamento dental, o preço varia mediante o tratamento considerado, sendo que o mesmo pode ser efetuado no consultório ou em casa conforme descrito anteriormente.

Considerando o tratamento em casa com o recurso a moldeiras para branqueamento, o preço pode variar em média de 80 a 200 euros, dependendo essencialmente do número de dias propostos para o efeito.

Caso o clareamento dentário seja efetuado no consultório, com aplicação de gel e ativação por luz, o valor poderá também situar-se dentro do mesmo intervalo de preços, dependendo igualmente do número de sessões ou consultas a considerar. Ainda em consultório, mas considerando o clareamento dental a laser, o preço tende a ser superior por sessão ou consulta, ainda que neste caso o efeito de branqueamento pretendido possa ser conseguido com sucesso logo na primeira ou segunda consulta.

Se quer saber mais informações sobre preços de cada um dos tratamentos de branqueamento dentário em Portugal, veja mais informação na clínica dentária que recomendamos no seu concelho.

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