Litotrícia intracorporal

Fotos, imagens de litotrícia intracorporal

O que é litotrícia intracorporal?

A litotrícia pretende fragmentar (“partir”) um cálculo (“pedra”) que se encontre presente em algum órgão do trato urinário (rim, ureter, bexiga ou uretra).

Podemos agrupar a litotrícia em intracorpórea ou intracorporal (dentro do corpo) e extracorpórea ou extracorporal (fora do corpo). Neste artigo abordamos a litotrícia intracorpórea. Veja no final mais informação sobre a litotrícia extracorpórea ou extracorporal.

Indicações da litotrícia

Os cálculos volumosos (superiores a 1/1,5 cm) e que apresentem um crescimento progressivo têm indicação para proceder à fragmentação dos cálculos ou se surgirem complicações associadas a estes como a obstrução do trato urinário, infeções urinarias de repetição, sangue na urina ou dor crónica.

Existem vários tipos de exames aos quais o médico pode recorrer para o auxiliar no diagnóstico destes cálculos, sendo os mais comumente realizados os seguintes: Tomografia computorizada (TC ou TAC) do trato urinário, a Ecografia, o RX ou a Uretrocistoscopia (exame que serve para observar o interior da uretra e da bexiga).

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Preparação para a litotrícia intracorpórea

Dado que a litotrícia intracorpórea é um procedimento cirúrgico, a preparação é sobreponível às restantes cirurgias. O jejum é obrigatório bem como a realização de exames pré-operatórios.

Após o procedimento é recomendável, na grande maioria dos casos e independentemente da localização do cálculo, que os doentes bebam bastante água, de modo a prevenir ou diminuir os riscos associados ao procedimento e a promover a expulsão de alguns fragmentos litiásicos milimétricos (areias) residuais.

Como é realizada a litotrícia intracorpórea?

A realização da litotrícia intracorpórea requer que o cálculo seja identificado por meios endoscópicos. Para explorar o trato urinário pelo interior existem diversos instrumentos como os cistoscópios, os ureterorenoscopios e os nefroscopios, adequados a explorar diferentes partes do trato urinário.

Estes podem ser divididos em instrumentos cirúrgicos rígidos ou semi-rígidos e flexíveis consoante a maleabilidade deles.

Este tipo de investigação pode ser mais laboriosa no sexo masculino dado que a uretra dos homens é mais comprida e a existência de próstata pode dificultar os movimentos na exploração do trato urinário. A uretra feminina, dado ser mais pequena e não estar limitada pela existência de próstata torna o procedimento geralmente mais fácil.

Após se identificar o cálculo sob visão, é introduzido um litotritor, que irá, mediante diferentes tipos de energia consoante o litotritor usado, fragmentar o cálculo. Nestas técnicas intracorpóreas existe a vantagem de que os fragmentos de maior tamanho poderem ser removidos imediatamente durante a cirurgia, diminuindo francamente o risco de desenvolver cólica renal posteriormente.

Litotrícia extracorpórea

A litotrícia extracorpórea segue o mesmo princípio de funcionamento que a intracorpórea, contudo a aplicação das ondas de choque é efetuada externamente ao corpo - litotrícia extracorporal por ondas de choque (LEOC).

Trata-se de um procedimento que geralmente não requer anestesia, realizado em ambulatório. É, portanto, uma técnica pouco invasiva, costuma ser bem tolerada e cuja duração é aproximadamente de 30 a 60 minutos.

Dependendo do tamanho, localização, consistência do cálculo e distância que a onda de choque terá de percorrer até atingir a pedra (menos sucesso em doentes muito obesos), poderá ser imprescindível a realização de várias sessões para se obter a fragmentação completa dos cálculos.

Saiba, aqui, tudo sobre litotrícia extracorporal.

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