Dependência do álcool

Vício do álcool (vinho, cerveja, whisky, vodka, champanhe, absinto, gim, rum, tequila, etc)

O que é a adição ao álcool?

O álcool é uma substância psicoativa cujas propriedades podem induzir dependência (física e psicológica). A adição a esta substância é uma doença crónica que conduz a um comportamento compulsivo, tal como a adição a qualquer outra substância ou comportamento. Assim, num caso de adição ao álcool encontra-se um consumo excessivo e incontrolável do mesmo, trazendo consequências nefastas para o próprio e os outros à sua volta.

Uma adição caracteriza-se essencialmente como:

  • Uma perturbação crónica, em que existe predisposição para um padrão de consumo excessivo e descontrolado;
  • Uma perturbação involuntária, na qual a pessoa não tem capacidade de controlo dos seus consumos;
  • Uma perturbação que envolve padrões de pensamentos, emoções e comportamentos;
  • Uma perturbação que causa sofrimento psicológico a quem dela sofre e aos que lhe são próximos.

Por ser uma perturbação crónica, irá acompanhar a pessoa ao longo da vida, mesmo que esta se encontre abstinente e em recuperação. Tal ocorre porque a adição não se limita ao consumo de álcool e envolve também padrões comportamentais, cognitivos e emocionais que se podem perpetrar mesmo sem consumo. É importante trabalhar estes padrões para que a adição possa ser tratada e isto é um trabalho moroso e que terá de acompanhar o indivíduo ao longo da vida, mas possível.

Também é muito importante que se compreenda que a adição ao álcool é involuntária, ou seja, os processos motivacionais da pessoa estão afetados, conduzindo a pessoa ao consumo mesmo quando este não é o seu desejo. De facto, um dos mitos mais comuns relativos à adição é a crença de que os aditos consomem “porque querem” e que “basta motivação para deixarem”. No entanto, isto não é de todo verdade e quem vive com uma adição ativa vive também com um grande sofrimento psicológico, muitas vezes tendo já feito diversas tentativas de parar de consumir sem sucesso.

Este é um dos estigmas que encontramos em relação a muitas doenças mentais, mas que importa desconstruir uma vez que faz com que as pessoas que se debatem com estas perturbações se considerem fracas, incapazes e inferiores aos outros, com uma grande culpa e vergonha em relação à sua condição.

Os problemas relacionados com o álcool e com o seu consumo excessivo estão entre os 5 principais fatores de risco para doença, incapacidade e morte prematura em todo o mundo. Como tal, e tendo em conta a dimensão desta problemática, torna-se importante compreender do que se trata e ajudar quem sofre desta perturbação.

Fatores de risco na adição ao álcool

A adição ao álcool é uma perturbação que sofre influência de diversos fatores, nomeadamente genéticos, psicológicos, sociais e ambientais, não sendo possível definir uma causa única para esta doença.

O álcool tem efeitos que alteram o equilíbrio das substâncias químicas no cérebro e estão associadas à sensação de prazer, à capacidade de avaliação e ao controlo do corpo. Como tal, com a habituação recorre-se ao consumo de álcool para proporcionar sensações prazerosas e/ou para afastar emoções ou sensações negativas.

Existem fatores de risco que estão ligados ao desenvolvimento de uma adição ao álcool, nomeadamente:

  • Histórico familiar, sendo que o risco é maior quando há familiares com o mesmo tipo de problemas, uma vez que a adição é uma perturbação com forte influência genética;
  • Idade, sendo que há maior risco de desenvolver uma dependência quando o consumo de álcool se inicia em idades mais precoces;
  • Fatores sociais, sendo que ter pessoas próximas que consomem álcool regularmente aumenta o risco de ingestão e, portanto, de dependência;
  • Fatores culturais, nomeadamente a forma como o consumo de álcool é visto pela sociedade, mensagens veiculadas pelos media, etc.;
  • Consumo regular ao longo do tempo;
  • Perturbações mentais, como depressão ou ansiedade;
  • Mistura de álcool com medicamentos, sendo que a interação entre ambos pode aumentar ou diminuir os efeitos terapêuticos.
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Como saber distinguir adição de uso comum?

Distinguir o consumo de álcool considerado normal de uma adição a esta substância pode ser difícil. Sobretudo porque o álcool é uma substância lícita e o seu consumo é tipicamente aceite na sociedade portuguesa. De facto, segundo a OMS, Portugal é um dos países da União Europeia com maior consumo de bebidas alcoólicas, especialmente por parte do sexo masculino. Além do mais, o que pode ser um consumo excessivo para determinada pessoa pode não o ser para a outra.

Como tal, por vezes pode ser difícil diferenciar um consumo saudável e social de um consumo abusivo e típico de um padrão de dependência. No entanto, existem alguns sinais de alerta a que podemos estar atentos.

Sinais de alerta na adição ao álcool

Podemos identificar diversos sinais de alerta quando existe adição ao álcool, a saber:

1. Perda ou diminuição do controlo sobre o consumo

Como referido, a adição é uma doença involuntária que afeta a motivação. Assim, uma das formas pela qual podemos realizar a distinção entre o consumo típico e uma dependência é o tipo de controlo que a pessoa tem sobre o consumo de álcool. Se a pessoa perde o controlo sobre o seu comportamento perante o álcool, esse é um indicador de comportamentos de dependência. Esta falta de controlo pode manifestar-se de diversas formas, como por exemplo: a pessoa não ser capaz de não beber quando está exposta à substância; após iniciar o consumo não ser capaz de parar, bebendo sempre quantidades excessivas; já foram realizadas tentativas para manter a abstinência, no entanto estas revelaram-se infrutíferas.

A presença de um descontrolo perante o consumo de álcool pode manifestar-se de diversas formas, sendo também muito comum que a pessoa que sofre desta perturbação tenda a negar a sua impotência. Por isso, é comum ouvir comentários como “Isto não é um problema, se eu realmente quisesse conseguia parar sem dificuldades” ou outros do género.

Mas é preciso estar atento ao que a pessoa faz e não apenas ao que diz, uma vez que geralmente é difícil que quem sofre de adição reconheça o seu problema, pelo menos em fases iniciais.

2. Danos sociais

Danos sociais ocorrem quando a pessoa deixa de ser capaz de cumprir as suas responsabilidades de uma forma eficaz. Estes danos podem incluir as relações familiares e sociais e também o contexto laboral. Se a pessoa deixa de comparecer a reuniões familiares, jantares com amigos ou ao trabalho devido ao consumo de álcool e aos seus efeitos (por exemplo, por estar a sofrer sintomatologia de abstinência) com alguma regularidade, este é um sinal de alerta. Quando constantemente o consumo é posto à frente de outras atividades sociais e hobbies, isto significa que o que habitualmente dava prazer à pessoa está a ser substituído pelo consumo e pode ser um indicador de que estamos perante uma adição.

De facto, na adição o consumo torna-se o principal aspeto na vida do adito e, geralmente, outras responsabilidades começam a ser descuradas.

3. Sintomas de abstinência/ cravings

O álcool provoca sintomas de abstinência bastante visíveis e graves, que podem mesmo ser fatais em alguns casos. Os sintomas de abstinência podem manifestar-se sob a forma de síndrome de abstinência alcoólica leve, alucinose alcoólica ou delirium tremens.

Na síndrome de abstinência alcoólica leve, a pessoa sofre de tremores, fraqueza, cefaleia, sudorese e hiper-reflexia. É possível que exista também taquicardia e pressão arterial ligeiramente elevada. Estes sintomas iniciam-se geralmente cerca de 6 horas após a interrupção do consumo.

A alucinose alcoólica ocorre após uma paragem abrupta do consumo excessivo e prolongado, levando a pessoa a experienciar alucinações (geralmente visuais) sem outro comprometimento do estado de consciência. Ou seja, o pensamento geralmente mantém-se coerente e ordenado, mas é possível que a pessoa experiencie algum medo devido às ilusões e alucinações. A alucinose alcoólica inicia-se, geralmente, 12 a 24 horas após a paragem do consumo de álcool.

O delirium tremens é a forma mais grave que os sintomas de abstinência de álcool podem tomar e geralmente inicia-se 48h a 72h após a interrupção do consumo. Caracteriza-se pela presença de ataques de ansiedade, confusão e desorientação crescente, perturbação do sono (com pesadelos ou ilusões noturnas), sudorese e alucinações. É também possível que ocorra o aumento da frequência cardíaca e da temperatura. Distúrbios vesticulares (com sensação de queda e tontura) também podem ocorrer, assim como tremor de repouso (nas mãos, cabeça e/ou tronco). Quando a pessoa se encontra num estado de delirium, é importante a vigilância para evitar lesões e o risco de morte pode ser elevado.

A presença de sintomas de abstinência assim como de um desejo intenso pelo consumo de álcool (craving) são sinais de um consumo excessivo e prolongado e, como tal, um indicador de que a pessoa poderá estar dependente desta substância.

4. Persistência do consumo apesar dos riscos

A dependência do álcool traz riscos e consequências negativas de vários tipos, quer a nível social, psicológico ou físico. Se apesar da existência de consequências negativas a pessoa continua a consumir excessivamente, isto pode indicar que é incapaz de controlar os seus comportamentos de consumo e, portanto, que estamos perante um padrão aditivo.

O tipo de consequências que advêm da adição ao álcool serão explorados com mais detalhe de seguida, mas o importante a reter sobre este sinal de alerta é que a minimização ou negação das consequências do consumo podem ser resultantes de uma adição.

Problemas associados com o álcool

O álcool pode ter consequências negativas na saúde de quem o consome em excesso, sendo um dos principais fatores responsáveis por morte prematura e podendo contribuir para o desenvolvimento de diversas patologias físicas e psicológicas. De facto, o consumo de álcool está interligado com as principais causas de morte, nomeadamente doenças oncológicas e cardiovasculares, acidentes e suicídios, entre outros e, consequentemente com uma diminuição da esperança média de vida.

Patologias físicas

É relativamente comum que existam patologias físicas co mórbidas à adição ao álcool, que são abordadas de seguida, de uma forma que não pretende ser exaustiva:

  • Efeitos neurológicos. As complicações neurológicas mais comuns são as convulsões, mas também as perdas de memória e os blackouts fazem parte destes efeitos;
  • Efeitos gastrointestinais. O álcool pode ser a causa principal de patologias como glossites, esofagites, gastrites, síndrome de mal-absorção intestinal e lesões pancreáticas agudas ou crónicas. O álcool pode também contribuir para a predisposição e agravamento de outras patologias deste aparelho que não são diretamente relacionadas com o seu consumo;
  • Efeitos a nível hepático. O fígado é um dos principais órgãos afetados pelo consumo excessivo de álcool que pode estar na origem de doenças como hepatites alcoólicas, fibroses perivenulares e cirrose hepática;
  • Complicações cardiovasculares. O consumo excessivo de álcool pode provocar arritmias supra-ventriculares e cardiomiopatia congestiva;
  • Alterações endócrinas e metabólicas. Nomeadamente, efeitos a nível do colesterol e triglicéridos, assim como a diminuição da produção de hormonas masculinas e femininas, o que pode gerar situações de impotência (disfunção eretil), infertilidade, diminuição da líbido (falta desejo sexual) e alterações menstruais;
  • Alterações hematológicas. Vários tipos de anemia podem resultar do uso abusivo de álcool. Além do mais, a má nutrição provocada pelo efeito do álcool no aparelho digestivo conduz a menor imunidade e, consequentemente, a maior vulnerabilidade para a ocorrência de infeções;

Patologias neuropsiquiátricas

É comum que existam patologias psiquiátricas co mórbidas à adição. No entanto, nem sempre é fácil distinguir qual o diagnóstico principal, ou seja, o que surgiu primeiro. Pode acontecer que o sofrimento causado pelas doenças psiquiátricas conduza ao consumo abusivo de substâncias, mas também que esse consumo aumente o risco de desenvolvimento de patologias psiquiátricas. Ainda, pode acontecer que o abuso de álcool mascare a doença mental ou vice-versa.

  • Síndrome de Korsakoff. Esta é uma doença amnéstica provocada pelo álcool e associada à deficiência de tiamina;
  • Depressão. Esta é uma das patologias psiquiátricas mais comuns em aditos ao álcool, sendo que a taxa de suicídio também é bastante elevada nesta população; Saiba, aqui, tudo sobre depressão.
  • Ansiedade. É comum que um adito experiencie ansiedade tanto na fase de intoxicação, como de abstinência e recuperação. Mas, para além disso, a ansiedade generalizada, fobias e reações de pânico ocorrem também com frequência no alcoolismo; Saiba, aqui, tudo sobre ansiedade.
  • Perturbação antissocial da personalidade. É relativamente comum que os alcoólicos exibam traços de personalidade antissocial ou comportamentos antissociais, demonstrando desrespeito pelas normas sociais;
  • Doenças psicóticas. Geralmente estas perturbações decorrem após intoxicações agudas ou crónicas.

Consequências familiares, sociais e profissionais

A adição ao álcool traz graves consequências a nível familiar, social e profissional, tendo um grande impacto nas várias áreas da vida da pessoa.

Relativamente à família, o alcoolismo traz graves consequências para a organização da dinâmica familiar, que se torna marcada por conflito, agressividade, passivo-agressividade e/ou dependência. Os papéis dos familiares alteram-se, inicialmente minimizando a gravidade da situação e gradualmente resultando numa desorganização do sistema familiar. Os lares onde se encontra um adito ao álcool são, regra geral, patológicos e também patogénicos. Ou seja, não só têm uma dinâmica doente e disfuncional, como geralmente geram doença nos seus descendentes. De facto, a instabilidade, insegurança, tensão e/ou negligência, que muitas vezes se encontram nestas famílias traz consequências negativas para o desenvolvimento dos filhos e as crianças que provêm de lares com pais alcoólicos têm maior probabilidade de sofrer de perturbações de desenvolvimento, assim como dificuldades e insucesso escolar. O alcoolismo está também ligado a maiores taxas de divórcio e violência doméstica, sendo sistemas familiares mais fragilizados, instáveis e tensos.

É comum que estes sistemas familiares se encontrem progressivamente mais isolados e com menos suporte social, à medida que a adição se desenvolve. E também o alcoólico tende a perder, em qualidade e quantidade, as suas relações sociais, pela preponderância que o consumo de álcool passa a ter na sua vida. De facto, atividades sociais saudáveis são abandonadas em detrimento do consumo, traduzindo-se num empobrecimento das relações sociais. Além do mais, as relações passam a pautar-se por maior agressividade e conflito, que conduzem a um afastamento da rede social e consequente isolamento.

A um nível profissional também existem graves consequências derivadas da adição ao álcool, o que faz sentido tendo em conta a grande quantidade de tempo que um adulto passa a trabalhar. Obviamente, o consumo recorrente e excessivo de álcool traz consequências para o funcionamento mental, afetando a integridade das funções intelectuais e neuro-motoras e contribuindo para acidentes e decréscimo do rendimento profissional. O álcool afeta funções psíquicas como a atenção, a capacidade de recolha de informação, a velocidade de processamento da informação, a memória, a crítica, entre muitas outras. Como tal, é natural que a adição ao álcool traga uma diminuição do rendimento e tenha consequências negativas a nível profissional, podendo conduzir a situações difíceis do ponto de vista económico.

Estas são algumas das consequências mais comuns que alguém com dependência de álcool, assim como as pessoas que lhe são mais próximas, experienciam. No entanto, a adição pode ser tratada e pode retomar-se um nível de funcionamento adequado e equilibrado.

Tratamento da adição ao álcool

Apesar de ser uma doença crónica, é possível ultrapassar a adição ao álcool com um tratamento adequado, o que pode implicar um processo mais ou menos longo. Obviamente, que quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico.

A adição ao álcool, com os seus diversos fatores etiológicos e repercussões exige uma intervenção terapêutica multidisciplinar e personalizada, que considere as várias áreas da vida do indivíduo e os sistemas em que se encontra envolvido. De facto, a articulação entre técnicos de várias áreas (e.g. psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, técnicos de serviço social) é um dos fatores que contribui para um bom prognóstico.

Existem também outros fatores que influenciam o resultado do tratamento, como a motivação, o envolvimento do ambiente e sistema familiar da pessoa e a reintegração social, profissional e comunitária. Ao longo de todo o tratamento é de extrema importância envolver os elementos familiares mais próximos, uma vez que estes serão uma importante fonte de apoio para o processo de recuperação.

Outro aspeto de máxima importância para o sucesso do tratamento prende-se com a necessidade de supressão total do consumo de álcool e de manutenção da abstinência. Esta é necessária para que o adito consiga viver em recuperação.

A modalidade de tratamento depende do grau de desenvolvimento da adição, assim como dos recursos existentes. Pode ser feito por consulta durante um período mais limitado ou mais prolongado no tempo ou exigir um internamento, também este mais limitado ou mais prolongado (como o internamento numa comunidade terapêutica). No entanto, é difícil iniciar um tratamento para a adição ao álcool em regime exclusivamente ambulatório, quer pelo contexto sociocultural, como pelo grau avançado de doença em que geralmente se inicia a intervenção. Além do mais, numa fase inicial é preciso controlar os sintomas de abstinência, o que exige uma intervenção medicamentosa adequada e uma vigilância apertada.

Relativamente aos aspetos psicoterapêuticos, é aconselhada sobretudo a psicoterapia de grupo uma vez que através dos processos de espelhagem e identificação é possível a autoconsciencialização da adição e dos processos internos que lhe estão inerentes, possibilitando a mobilização de recursos e, consequentemente, a mudança. Ao longo do processo, a psicoterapia deve ter também um caráter psicoeducativo, fornecendo à pessoa recursos para reconstruir e reorganizar a sua vida, reestabelecer as ligações com o seu meio, estabilizar um novo estilo de vida (em abstinência) e conhecimento sobre estratégias de prevenção à recaída.

A psicoterapia de grupo ou grupos de apoio devem manter-se mesmo após o tratamento, para estabilizar a abstinência e a motivação para a recuperação, como no caso dos grupos de Alcoólicos Anónimos. Os primeiros meses de abstinência são de grande importância para o processo de recuperação, sendo que cerca de 50% dos alcoólicos recai durante os primeiros 6 meses, após abstinência total. Pelo contrário, quando a pessoa é capaz de manter a abstinência durante 1 ano, tem maiores probabilidades de a conseguir manter ao longo do tempo.

Para que seja possível retomar uma vida saudável e feliz, a recuperação tem de ser trabalhada diariamente, exigindo uma constante consciência das situações que colocam a pessoa em risco de recaída e a gestão dos estados emocionais. No entanto, com o apoio adequado este trabalho pode ter resultados muito recompensantes e aliviar o grande sofrimento que é gerado pela adição.

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