Impotência Sexual masculina

Causas para a impotência sexual nos homens

Causas para a Disfunção Erétil

O conceito de saúde sexual masculina prende-se com um completo bem-estar físico, mental e social associado à sexualidade. Os problemas mais frequentes, no homem, são os que estão relacionados com a ereção e a ejaculação, sendo a disfunção erétil efetivamente uma causa que se reveste de grande peso na deterioração da qualidade de vida masculina.

A disfunção erétil caracteriza-se pela incapacidade de conseguir e manter uma ereção por tempo suficiente para possibilitar a satisfação sexual do homem e da parceira. Afeta cerca de um terço da população masculina, aumentando a prevalência com a idade. Segundo estudos epidemiológicos são vários os fatores de risco potenciadores da disfunção erétil, a saber:

  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Alcoolismo;
  • Prostatite crónica;
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes.

A disfunção erétil pode possuir inúmeras causas, designadamente, neurológicas, endócrinas, psicológicas, farmacológicas, vasculares ou infeciosas e inflamatórias, sendo estas últimas a causa mais comum de problemas de ereção, associada ao estilo de vida. Os fatores de risco da disfunção erétil são os mesmos das doenças cardiovasculares e o seu risco relativo é proporcional ao número desses fatores presentes. Atualmente, a disfunção erétil é até vista como uma patologia indiciadora de outros problemas cardiovasculares mais graves e menos “silenciosos”.

Sedentarismo

O sedentarismo é um fator de risco para a disfunção erétil, para além das patologias relacionadas como a obesidade, a hipertensão arterial, a diabetes, etc.

O exercício físico tem sido aconselhado no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares, pulmonares e musculoesqueléticas. A evidência científica comprova que o exercício físico apresenta enormes benefícios quanto aos fatores de risco causadores da disfunção erétil e consequentemente, na própria disfunção erétil.

Obesidade (excesso de peso)

O excesso de peso, não obstante a existência de outros fatores de risco, potencia piores índices em distintos domínios da função sexual tais como: o desejo, a ereção, a ejaculação e a satisfação. O grau de satisfação sexual está diretamente relacionado com o Índice de Massa Corporal (IMC), ou seja, quanto maior o Índice de Massa Corporal (IMC), menor o grau de satisfação sexual. A redução do peso corporal, obtida quer por meio de procedimentos cirúrgicos, mudança de estilo de vida (nutrição e atividade física) e / ou farmacológicos, possibilita obter melhorias na satisfação sexual de homens obesos. Um estudo avança inclusivamente que um homem com obesidade mórbida é portador de problemas de disfunção erétil que apenas apresentaria vinte anos mais tarde, se fosse saudável.

Os estudos demonstram que nos obesos em que existiram mudanças do estilo de vida (dieta e exercício) para uma redução do peso corporal revelam a relevância da atividade física nesta mudança. Nos grupos de obesos que efetuam somente mudanças a nível alimentar verificam-se diferenças a nível do perfil lipídico, glicose sanguínea, tensão arterial e circunferência da cintura, porém as alterações a nível sexual são ligeiras. No caso dos obesos que adicionaram exercício físico ao seu plano de emagrecimento, os estudos comprovam que 31% dos indivíduos recuperaram a função sexual.

Tabagismo

O tabagismo é uma das causas mais vincadas das vítimas fatais de doenças cardiovasculares, cancros, acidentes vasculares e doenças pulmonares. A influência deste mau hábito é extremamente evidente na função sexual. Globalmente, os estudos revelam que os fumadores apresentam maior prevalência de apresentarem disfunção erétil do que os não fumadores. Existe efetivamente uma ligação direta entre a quantidade de cigarros fumados por dia e os anos de tabagismo e a possibilidade de desenvolver disfunção erétil.

No entanto, esta situação é reversível, ou seja, se o indivíduo deixar de fumar irá aumentar a líbido e a frequência de relações sexuais. Se a isto adicionarmos a prática regular de exercício físico, verificam-se melhorias ao nível da intensidade do orgasmo e do prazer sexual.

Alcoolismo

Como todos sabemos, o consumo abusivo de álcool possui consequências nefastas para o nosso organismo. No caso dos homens, é um dos fatores de risco para o surgimento de disfunção erétil.

Um dos efeitos a longo prazo é a hipertensão arterial (aumento da tensão arterial), promovendo a aterosclerose e consequentes problemas na circulação sanguínea e vasculares.

Outra ação conhecida é o efeito do álcool no sistema nervoso, com impacto nos reflexos, visão, desinibição social, etc. Podem também surgir lesões permanentes, provocando alterações nos recetores nervosos periféricos, como os do prazer

Prostatite crónica

A próstata é um pequeno órgão do sistema reprodutor masculino, desempenhando importantes funções na atividade sexual e fertilidade.

Prostatite é o termo clínico utilizado para designar a inflamação da próstata. Podemos dividir a prostatite de acordo com o tempo de evolução da inflamação em aguda e crónica.

A prostatite pode ter implicações na atividade sexual, podendo ser uma das causas de disfunção erétil. Isto porque, entre outras consequências, a inflamação da próstata provoca uma diminuição da circulação sanguínea localmente, podendo causar problemas de ereção.

A prostatite é a principal causa orgânica de disfunção erétil, devendo esta patologia ser diagnosticada e tratada atempadamente por um médico urologista de modo a evitar complicações, onde se inclui a disfunção erétil.

Saiba, aqui, o que é prostatite.

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial é outro fator de risco que contribui para o desenvolvimento da disfunção erétil. Verifica-se uma prevalência significativa de problemas na ereção quer em doentes hipertensos não medicados, como nos medicados.

O exercício físico apresenta-se como um tratamento natural, não farmacológico para o tratamento da hipertensão. Em estudos realizados que visam avaliar o impacto do exercício físico na hipertensão e, concomitantemente, na função erétil, foi possível detetar benefícios consideráveis apenas em 8 semanas, em ambos os parâmetros.

Saiba, aqui, o que é hipertensão arterial.

Diabetes

A ausência de controlo da glicémia está relacionada com o surgimento de doenças vasculares periféricas, cerebrais e coronárias. A glicémia não controlada provoca alterações a nível do endotélio e consequentemente diminuição do lúmen dos vasos sanguíneos (zona onde circula o sangue). Por exemplo, a artéria peniana tem metade do diâmetro da artéria coronária, motivo pelo qual a disfunção erétil é, mais uma vez, considerada um sinal de alerta para a existência de outros problemas de maior gravidade.

Os homens diabéticos apresentam, geralmente, problemas de ereção 10-15 anos mais cedo do que os não portadores desta patologia.

O exercício físico é detentor de um papel capital no controlo desta patologia. Assim, a sua prática, 3 a 5 vezes por semana de sessões de 30 a 45 minutos apresenta os seguintes benefícios, a saber:

  • Melhorar o controlo da glicémia;
  • Diminuir a resistência à insulina;
  • Controlar o peso corporal.

Saiba, aqui, o que é diabetes.

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