A Proteína C Reativa (PCR) é uma substância que o fígado produz em resposta à inflamação, ou seja, o nível desta proteína aumenta quando há inflamação. Análises de sangue simples podem ser realizadas para verificar o nível de proteína C reativa no organismo.
Também existem análises de proteína C reativa ultrassensível, que medem o nível da proteína no organismo, com mais sensibilidade do que uma análise padrão. Isto significa que as análises ultrassensíveis podem detetar pequenos aumentos dentro do intervalo normal de níveis da proteína padrão.
Enquanto que as análises da proteína C reativa regulares podem ajudar a descobrir diferentes doenças que causam inflamação, medindo altos níveis de proteína, as análises ultrassensíveis medem níveis mais baixos (mas ainda elevados) de proteína, o que pode sinalizar o risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
Indicações das análises da proteína c reativa
Se o médico suspeitar de alguma patologia inflamatória (como infeção, artrite, cancro, etc.), pode recomendar a execução das análises de proteína C reativa.
Estas análises podem mostrar que há um alto nível de inflamação, mas não fornecem informação acerca da localização da inflamação ou o que pode estar a provocar a mesma.
Se o paciente tiver um problema inflamatório previamente diagnosticado, o médico especialista também pode pedir estas análises ocasionalmente para verificar se o tratamento está a surtir efeito.
É importante realçar que as análises de proteína C reativa ultrassensíveis são ligeiramente diferentes do que as regulares. Estas análises normalmente podem ser utilizadas no diagnóstico de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
Quando o foco não são as doenças cardiovasculares, o médico recomenta as análises regulares, de modo a identificar a presença que alguma patologia que cause inflamação, a saber:
- Infeções bacterianas e sepsis (uma patologia grave e às vezes com risco de vida);
- Uma infeção fúngica;
- Doença inflamatória intestinal, uma doença que provoca edema (inchaço) e sangramento no intestino;
- Uma doença autoimune, como lúpus ou artrite reumatoide;
- Osteomielite (infeção do osso);
- Entre outras.
É necessário efetuar jejum?
Numa grande parte dos casos, não. Para esta análise em específico não é necessário fazer jejum (não comer nem beber), antes da realização das análises.
No entanto, se forem realizadas em conjunto com outras análises de sangue, pode ser necessário fazer um jejum de, pelo menos, 8 horas.
Valores de referência na proteína c reativa
Os resultados das análises da proteína são apresentados em valores numéricos, valores esses que devem se comparados com os valores de referência (valores esperados ou normais).
Podemos ter como referência os seguintes valores gerais, marcados em miligramas por litro de sangue (mg/l), em relação ao risco de inflamação e doenças cardiovasculares:
- Muito alto risco: acima de 10 mg/L;
- Alto risco: 2 mg/L
- Médio risco: entre 1 e 2 mg/L;
- Baixo risco: menor que 1 mg/L.
É importante realçar os valores de referência podem mudar consoante o laboratório onde são analisados. Por isso, é importante consultar um médico especialista para avaliar os resultados das análises de proteína C reativa.
Como interpretar os resultados da medição da PCR
Se os seus resultados mostram um alto nível de proteína C reativa, isso provavelmente significa que o paciente tem algum tipo de inflamação.
Como referido anteriormente, as análises não explicam a causa ou a localização da inflamação. Então, se os resultados não são normais, o médico especialista pode pedir mais análises ou exames para identificar a origem da inflamação.
Um nível superior ao normal de PCR não significa necessariamente que o doente tem uma patologia grave que precisa de tratamento. Existem outros fatores que podem aumentar os níveis de proteína C reativa, a saber:
- Tabagismo;
- Obesidade (excesso de peso);
- Falta de exercício físico;
- Pequenas lesões ou infeções;
- Gravidez;
- Etc.
Acredita-se que as pessoas com um nível mais elevado de proteína C reativa tenham entre duas a três vezes mais probabilidade de sofre um enfarte agudo do miocárdio (ataque cardíaco) do que as pessoas com valores baixos de PCR.
Quanto custa realizar análises de proteína c reativa?
As análises de proteína C reativa são comparticipadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Existem utentes que possuem subsistemas como a ADSE ou a ADMG por exemplo. Nestes casos, estes utentes também usufruem da comparticipação, suportando apenas o custo da taxa moderadora.
O preço das análises de proteína C reativa pode variar quando efetuadas a título particular (sem comparticipação), em que o preço das mesmas é fixado pela clínica de Patologia Clínica que as realiza.
Selecione o seu concelho em Portugal e veja onde pode fazer as análises de proteína C reativa.